Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)

O autismo, nome técnico oficial: Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito ou hiper foco e movimentos repetitivos). Não há só um, mas muitos subtipos do transtorno. Tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de suporte que necessitam.

Há desde pessoas com outras doenças e condições associadas (co-ocorrências), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.

As causas do autismo são majoritariamente genéticas. Alguns sinais de autismo já podem aparecer a partir de um ano e meio de idade, até mesmo antes em casos mais graves. Há uma grande importância de se iniciar o tratamento o quanto antes, mesmo que ainda seja apenas uma suspeita clínica, ainda sem diagnóstico fechado, pois quanto antes comecem as intervenções, maiores são as possibilidades de melhorar a qualidade de vida da pessoa.

O tratamento psicológico com mais evidência de eficácia, segundo a Associação Americana de Psiquiatria, é a terapia de intervenção comportamental, aplicada por psicólogos. A mais usada delas é o ABA (sigla em inglês para Applied Behavior Analysis, em português, análise aplicada do comportamento). O tratamento para autismo é personalizado e interdisciplinar, ou seja, além da psicologia, pacientes podem se beneficiar com intervenções de fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outros profissionais, conforme a necessidade de cada autista.

Na escola, um mediador pode trazer grandes benefícios, no aprendizado e na interação social. Em 2007, a ONU declarou todo 2 de abril como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. As pessoas com autismo, podem apresentar alguns sinais: Não manter contato visual por mais de 2 segundos; Não atender quando chamado pelo nome; Isolar-se ou não se interessar por outras crianças; Alinhar objetos; Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise; Não brincar com brinquedos de forma convencional; Fazer movimentos repetitivos sem função aparente; Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo; Repetir frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia); Não compartilhar seus interesses e atenção, apontando para algo ou não olhar quando apontamos algo; Girar objetos sem uma função aparente; Interesse restrito por um único assunto (hiperfoco); Não imitar; Não brincar de faz-de-conta; Hipersensibilidade ou hiper-reatividade sensorial entre outros.

A participação dos pais e dos familiares é considerada um elemento essencial nos programas de intervenção para crianças com autismo. O pressuposto básico do treinamento comportamental dos pais, é que o comportamento das crianças é aprendido e mantido através de contingências dentro do contexto familiar, e que os pais podem ser ensinados a mudar essas contingências para promover e reforçar o comportamento adequado.

Fontes: Saiba a definição do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Canal Autismo. Disponível em: <https://www.canalautismo.com.br/o-que-e-autismo/> Acesso em 17 ago 2021.

BENSI, Thamara. Curso de aprofundamento no transtorno do espectro autista. O segredo do chá. p. 33

 

Fabrícia Vieira dos Reis

Psicóloga – CRP04/32654

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